O contar carneiros a saltar muros empedrados, ou vedações tortas, em verdes prados; mesmo a técnica de contar histórias e fábulas; ou de olhar para o relógio até cansar a vista, já passaram á história.
De algum tempo para cá, tenho observado o meu pequenote, com a sua técnica fulminante ou estratégia fugaz, no atingir do sono profundo… e o segredo começa, com uma dança tipo tribal, contorção do corpo, um bater de palmas dessincronizado e as seguintes palavras mágicas:
“Ah! Cum?
(...)
Dé, néeee!
(… gestos)
Mamã, papá.
(… palmas)
Bô, bó, côcó.
(…)
Hrrõn, hrrõn.
(…)
Popó? Nhãn, nhãn! Ohhhh!
(… tirar da chupeta e voltar a colocar)
Pê? Tá qiiiii!
(… smugh, smugh, smugh, smugh…)
Ta tá!...
(…bocejo)”
O contorcer acaba, o corpo estagna na posição de arranque. O momento pára, o sono está ali á porta; já ouço o João Pestana descendo pelo telhado, e a empurrar as pestanas. O silêncio impera. Chiuuu! Que se vai cantar o sono…
Táctica fora do normal. A filhota adormecia ao som de uma cantilena. O pequenote, numa tentativa de atingir o ponto de ebulição limítrofe da paciência do pai, … de repente, eis senão uma reviravolta; o sono dos justos chega e a apazigua o momento.
Vou mas é dormir também, que estas tentativas de adormecer, gastam a alma e o corpo, sobretudo! (…bocejo…)
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