quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Consoada ou consolada

É Natal! É Natal!
Noite memorável, e sem precedentes! Literalmente a quatro. Sim... Eu, esposa, filha e filho. Do melhor, e sem igual. É verdade, e contrariamente ao que defendo, e idealizo, o juntar da família neste dia do ano, não me suscitou tristeza nem pena. Bem pelo contrário; pairava um estado de harmonia, alegria, paz, nirvana (nem tanto).
Galanteado com uma mesa humilde, em que a entrada abria com um deleite num Porto Vintage, seguido numa salada de polvo servido frio, casado com queijo fresco e foie gras (também conhecido entre nós como patê); como prato principal a tradição, bacalhau cozido, com batatas a murro, numa cama de couves de corte, tudo levemente coberto por uma camada de broa, que acaba com uma passagem pelo forno, para um simples gratinar e apurar do sabor, regado por um fio de azeite de Pelmá (essa bela localidade); como opção á tradição, um prato secundário, massa á Bolonhesa (prato com grandes admiradores, mormente a minha filha); como sobremesa, um fondant de chocolate (e não muffins como alguém tanto insiste teimosamente em chamar, porque não tem mais nada em que pensar, é oficial) acompanhado de uma bola de gelado de baunilha, e profiteroles (outro grande vencedor de audiências e preferências, por parte da minha filha). A embeber todos estes paladares, uma garrafa de Lambruscho rosé fresco (mais um italiano famoso, para além da Ferrari, Lamborghini, Pizza, Pasta, Tirámissu, molho Pesto,...). No final, um café de bica, junto ao crepitar de um cepo de oliveira e cavacas de mimosa/acácia e eucalipto. Barriga cheia, o momento da magia.
O rufar do momento em contagem decrescente: o tempo para. As crianças rejubilam e extravazam de alegria. Ele está aí! O tão aguardado momento está aí! O espreitar debaixo da árvore de Natal, ou do pinheiro; -"É para mim este , pai?";`-"Este grande é para mim, mãe?" Resga o papel de um, de outro, e de outro ainda. Ahhhhhh! Que momento... As prendas e os presentes surgem no meio de restos de papeis e de fitas que esvoaçam pelo ar... belo e único de se ver. Humedecem os olhos, é alegria da felicidade.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Programação de quê ...

Yuuuuuupppi!
Faltam dois dias! Dois dias, para a noite mágica! O Menino Jesus, ou o Pai Natal, ou o Santa Claus, ou o Pére Nöel,... ou eu vestido de Pai Natal; mas não faço concorrência ao maioral, nem em físico, nem em magia ou truques prlim-pim-pim ! Bem, um deles estará por casa, com os trunfos e os louros, a "oferecer" as prendas que adquirimos no Continente (pub), ou no pequeno comércio local ( á tanto tempo que andava para dizer isto). Não há problema, e os miúdos, ficam absortos no espirito de Natal, e agradecem a magia que cai nessa noite... O abrir das prendas, o rasgar do embrulho, o tirar da fita, o descobrir que "não foi nada daquilo que eu pedi ao Pai Natal, mas não importa porque é um brinquedo", é um momento mágico, e de grande valor.
(...) Que saudades, de acordar na manhãzinha de Natal, e já lá vão uns anitos, e de correr para ir ver o que estava no sapatinho, ou no pinheirinho... Prendas modestas, mas com significado: meias, pai natal de chocolate, cuecas, ... Prendas modestas, humildes, mas com grande significado (penso já ter dito isto). Obrigado Menino Jesus.(...)
Mas o meu coração amolece nesta noite... só de ver o sorriso e a alegria que se esbate nos seus rostos, o brilhar e o cintilar das luzes e velas, a atmosfera e a festa de estar em família, o calor da ocasião da fogueira da sala e do vinho tinto do jantar, ... Que alegria, e que momento que prevalece por 15 minutos... e depois, como um vento ladino, já lá vai... a magia do momento. É claro que, o resto fica, gravado para mim como mais um de muitos momentos únicos,... que perdura. É melancolico, admito, mas sabe tão bem; tão bem como aquelas noites de verão em que observamos as estrelas, e dizemos: QUE ESPECTACULO.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Festas / m2

Festas, festas e mais festas, ... e outras festas ainda, quando estas festas ainda não chegam.
Estamos no ponto, no exacto momento, da concentração de festas por m2, ou melhor, por dia ao quadrado (será que esta medida de grandeza existe?) entre jantares de família, de empresa, de fornecedor, de aniversários, de comemorações, e afins... Ufa! Já não sei onde isto tudo irá caber, ou não caber. O que vale, e este é o verdadeiro lado positivo da quadra, é o ginásio, e a bicicleta, para mexer... mas eles não trabalham sozinhos, tenho que dar o corpo ao manifesto: suar e suar, queimar e queimar, tonificar e tonificar, alongar e alongar, e ... ai as minhas cruzes, que a vontade é para pôr de lado,que o tempo está ocupado por festas, nem me lembrava. Só dá mesmo é para mexer a boca/dentes e as pestanas. O resto é para acumular. Que se dane... inicio o próximo ano com um grande objectivo: perder o excesso do ano transato. AAAARRRRGGGGHHHH!
Mas como resistir a tantas coisas boas: bacalhau cozido, com couves de corte, e ovo cozido; escangalhado e bolo de rei; galette e tarte de maçã com bola de gelado; vinho tinto alentejano, Chaminé, EA, Cartuxa,; um Lambrusco fresquinho; brigadeiro ou fondant de chocolate; peru trinchado e com castanhas assadas;

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ponto mais elevado de Portugal Continental.

Vou vos dizer! Estava fria, e molhada! Foi e atesto, o que se passou este fim de semana, a 1900 e uns trocos de altitude, de Portugal Continental. Neve e chuva; grande sensação, e grande molhada. Todos brincamos, todos jogamos umas bolas de neve, e todos se rimos em família. Só o miudo é que não gostou da sensação, do frio e aragem, mas segundo a mãe, e volto a frisar, segundo a mãe, sai á mãe: friorento. Não aguenta um pé descalço no chão, uma água fria nas mãos, uma chuveirada mal temperada por engano, uma água do mar nos pés, ... mas daqui a uma dúzia de anos, se for preciso é piscinas frias com brincadeiras, é mergulhos no mar com as amigas, é surf na crista da onda, ... e tudo isto que eu veja que ficarei extremamente feliz. Bom mas isto era uma nota de rodapé, adiante. Os dias que tanto desejamos durante o ano, tinham chegado: beijar a neve. No entanto foi pena o excesso de humidade; eu sei fomos ver neve, ou humidade solidificada, mas com chuva é de mais. Queria ter experimentado os famosos dotes de "sku", que é um dado adquirido de todos, mas não pude: a neve e a chuva não acasalam bem... Paciência, fica para o ano, ou ainda, para o ano há mais. Até se pode dar o caso de cair neve a baixa altitude, como acontece de ... não sei quantos em não sei quantos anos, e deste modo assistir ao vivo e a branco, á queda de neve sobre o jardim, sobre a horta, sobre os telhados, ...
Talvez haja hipótese, e grandes probabilidades disso acontecer, e ser este o ano, definitivamente... "a ver vamos - dizia o cego" (célebre provérbio desbloqueador de conversas).
Contudo, o que mais me impressionou foi o facto de toda a nação se lembrar de ir á Torre naquele dia. Há tantos dias durante o ano, e sinceramente todos se lembraram nesta época. Não sei porquê, o pessoal lê pensamentos, ou entrelinhas, não sei. Foi um maremoto de gente. Pronto! Tinha que falar das filas de trânsito, das famosas "embuteiages" (calão luso francês); sim 1h e 26 minutos para chegar á Torre; e quando senão, como famoso alpinista, atinge o famoso dito cujo cume, a brigada da neve (G.N.R.) manda retroceder e nega a tentativa de entrada no acesso á famosa estância, e tudo se desmorona; eu fiz estes quilómetros todos, para vir tocar no chão sagrado da Serra da Estrela, e ... nada. Simplesmente: "Inverta a marcha!". "Boa!", diriam os filhos; "Exacto!" diria a esposa; e eu simplesmente saliento: Correcto. E a poluição que fiz para chegar até este santuário de brancura e ar fresco? Ninguém olha a isso não é. Nem eu.... já que está na moda, vou criar uma petição, para todos os portugueses se unirem numa luta contra a poluição da Serra da Estrela: pedirmos a imposição de um aeroporto internacional, junto á Torre; um teleférico para cada concelho do país com ligação a Torre, com visitas de 10 minutos ao cume; pedir a transferência do traçado do TGV a passar obrigatoriamente ao lado da Torre, com paragem na taberna de queijos e enchidos. Talvez consigamos algo, ou não!