segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ponto mais elevado de Portugal Continental.

Vou vos dizer! Estava fria, e molhada! Foi e atesto, o que se passou este fim de semana, a 1900 e uns trocos de altitude, de Portugal Continental. Neve e chuva; grande sensação, e grande molhada. Todos brincamos, todos jogamos umas bolas de neve, e todos se rimos em família. Só o miudo é que não gostou da sensação, do frio e aragem, mas segundo a mãe, e volto a frisar, segundo a mãe, sai á mãe: friorento. Não aguenta um pé descalço no chão, uma água fria nas mãos, uma chuveirada mal temperada por engano, uma água do mar nos pés, ... mas daqui a uma dúzia de anos, se for preciso é piscinas frias com brincadeiras, é mergulhos no mar com as amigas, é surf na crista da onda, ... e tudo isto que eu veja que ficarei extremamente feliz. Bom mas isto era uma nota de rodapé, adiante. Os dias que tanto desejamos durante o ano, tinham chegado: beijar a neve. No entanto foi pena o excesso de humidade; eu sei fomos ver neve, ou humidade solidificada, mas com chuva é de mais. Queria ter experimentado os famosos dotes de "sku", que é um dado adquirido de todos, mas não pude: a neve e a chuva não acasalam bem... Paciência, fica para o ano, ou ainda, para o ano há mais. Até se pode dar o caso de cair neve a baixa altitude, como acontece de ... não sei quantos em não sei quantos anos, e deste modo assistir ao vivo e a branco, á queda de neve sobre o jardim, sobre a horta, sobre os telhados, ...
Talvez haja hipótese, e grandes probabilidades disso acontecer, e ser este o ano, definitivamente... "a ver vamos - dizia o cego" (célebre provérbio desbloqueador de conversas).
Contudo, o que mais me impressionou foi o facto de toda a nação se lembrar de ir á Torre naquele dia. Há tantos dias durante o ano, e sinceramente todos se lembraram nesta época. Não sei porquê, o pessoal lê pensamentos, ou entrelinhas, não sei. Foi um maremoto de gente. Pronto! Tinha que falar das filas de trânsito, das famosas "embuteiages" (calão luso francês); sim 1h e 26 minutos para chegar á Torre; e quando senão, como famoso alpinista, atinge o famoso dito cujo cume, a brigada da neve (G.N.R.) manda retroceder e nega a tentativa de entrada no acesso á famosa estância, e tudo se desmorona; eu fiz estes quilómetros todos, para vir tocar no chão sagrado da Serra da Estrela, e ... nada. Simplesmente: "Inverta a marcha!". "Boa!", diriam os filhos; "Exacto!" diria a esposa; e eu simplesmente saliento: Correcto. E a poluição que fiz para chegar até este santuário de brancura e ar fresco? Ninguém olha a isso não é. Nem eu.... já que está na moda, vou criar uma petição, para todos os portugueses se unirem numa luta contra a poluição da Serra da Estrela: pedirmos a imposição de um aeroporto internacional, junto á Torre; um teleférico para cada concelho do país com ligação a Torre, com visitas de 10 minutos ao cume; pedir a transferência do traçado do TGV a passar obrigatoriamente ao lado da Torre, com paragem na taberna de queijos e enchidos. Talvez consigamos algo, ou não!

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