quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Druida da casa…

As maleitas da época, começam a tocar numa ponta sensível do lar: os miúdos. Mais frágeis, débeis, e expostos á intempérie, reflectem nos atchins, e nos suspiros, que algo vai mal… Termómetro nos sovacos, pijamas quentinhos, fogueira no máximo, cobertores entalados e as mezinhas á espera, para serem desvendadas junto ao caldeirão das poções. Qual druida, peguei numa mão cheia de plantas, de alto teor medicinal, separei-as, misturei-as, cozinhei-as, e expus separadamente por cada quarto, numa taça fumegante, afim de iniciar a profilaxia de determinadas influenzas. “Folhas de Eucalyptus, com folha de Aloe barbadensis, cozidas, e deixar as pessoas cheirarem esse vapor” disse-me a mãe… O aroma a eucalipto, sentia-se pela casa. Penso que deu algum resultado… os narizes deixaram de pingar, e sufrinhar. Ai que adicionar, como complemento, antes da caminha, o xarope de Daucus carota e Brassica rapa (ambos fatiados) a macerar com duas colheres de Mel. Logo há mais, … para poções mágicas (ou não) do druida da casa.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O grande pequeno

Neste Domingo, numa daquelas brincadeiras, digo eu pedagógicas, com o piqueno, simulava eu uma tristeza, chorando como se não houvesse amanhã, deitado sobre o tapete, por vê-lo a usufruir do colinho da mãe; ... eis senão, … que arranca comovido do quente colo materno, e se debruça para mim, dando um miminho com a calma duma brisa, sobre o rosto: “ Paiii! Nã choles!...” acompanhado de um confiante sorriso, e de um forte abraço.
A existência e o universo pararam para mim, neste momento. Abracei-o calmamente surpreendido, porque o momento podia fugir… fechei os olhos, e senti o calor do verdadeiro amor... manteve-se abraçado por um longo período…
Não há momento igual…