Ontem abri a época, da recolha da lenha!
Junto a casa, um cantinho por ali esquecido, e umas bicas de pinheiro ali estiradas a clamarem: levem-me, levem-me! E a pedido de várias famílias, entre elas a minha e a do Pynus, peguei em mim, na esposa, no carro, no podão e no moto-serra, e lá fomos; com a devida autorização do dono, que quer é o pinhal limpo, nem que seja num processo de combustão fria (de compostagem). Cortar, debicar, amontoar e finalmente carregar. Bem que custou, sentir a carrasca e as silvas a sarrafar os ante-braços, "ainda por cima perto do casamento que se aproxima; é mesmo para irmos com o cromado todo riscado", disse-me a esposa sabiamente. Pior mesmo era acarretar os trancos até á carrinha, ... ufa!... que eu já não tenho 18 anos. Mas enfim, ficou o fundo do celeiro parcialmente cheio; a resina na roupa; riscadelas nos braços; o dorido no corpo; e um rápido adormecer.
"Ontem fomos á lenha!" disse gloriosamente, e com algumas dobradiças doridas (uiii), á filhota.
"Ahhh! Pois! Quem não trabuca, não manduca!" disse-me ostentando os seus sábios 9 anos.
Para a próxima, para não ouvir clichés populares ou similares desnecessários, é calar-me muito bem caladinho...
Próxima etapa: em busca de uma carga de lenha perdida.
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