Tudo se tinha passado á sensivelmente um ano; as festas de S. João, na terra, encaminhavam-se para a última hora. O calor do “não deixar cair a tradição por terra”, acabou por juntar uma dúzia e pouco de gente da terra.
Ao longo do ano, trabalhou-se aos fins-de-semana, na tasca das festas; efectuou-se uma série de eventos, entre almoços, jantares, corridas, porco no espeto, sopas e bailaricos; tudo no intuito de angariar algum soldo para as festividades que se encaminhavam a passos bem largos.
Contratos efectuados: artistas de renome mundial, quiçá da Europa, talvez Portugal, ou local; arcos que ostentam manjericos de bairros populares; fogo de artifício a encurtar; bebidas, petiscos e marinadas; tudo em prol das festas de S. João. Antes de servir qualquer bebida ou petisco, foi necessário passar por um rigoroso teste de provas, de modo a atestar a qualidade dos produtos (mines – excelentes; imperial – no ponto; Beirão – sempre fresco; Caipirinha – gostosona; vinho tinto – boa colheita). Resultado do controlo de qualidade: produtos aprovados. É claro que o sacrifício dos testes se ressente no corpo, mas por uma causa nobre, sofremos sempre.
Palcos montados, restaurante no lugar, bares levantados, sombras estiradas, publicidades esticadas, fitas e enfeites engalanados, quermesse enfeitada, luzes e arcos iluminados, e nós já estourados. O nervosismo instala-se. Estará tudo preparado?
“Carpe Diem”
Arregaçamos as mangas; vestimos a t-shirt; o cansaço e os músculos doridos, dão lugar a força “de não deixar morrer”, e mostrar o trabalho árduo de 365 dias de preparação.
Do nada se faz força; para servir ás mesas e no bar; para grelhar carne e carregar grades; para lavar louça e levar o andor; para levantar a moral e a louça das mesas; para saltar no moche do som de uma banda e comer uma sandes a correr; …
Acabou a festa, ultimas forças de genica, .... desmontar.
Entregamos a pasta, os bares, o restaurante, os arcos, as bebidas; escovamos o chão; apanhamos o lixo; devolvemos a publicidade; encaixotamos os enfeites; em suma, pusemos abaixo o arraial, que tanto suor nos levou a levantar.
Balanço: para mim cansado, mas satisfeito. Além do objectivo traçado ter sido cumprido na íntegra, mais que tudo, criei grandes amizades.
Para o ano, talvez mais haja , mas não sei quem continuará o tradicional festejo. Para mim já está; pelos outros não sei.
Um bem-haja a todos …, estamos de parabéns.
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