Ontem armei-me em bravo do pelotão!
Ás 8:30h levantei-me, passei um balde de água fria pelas fussas, á maneira do avô paterno; kitei-me, com calções, t-shirts e sweat, sapatilhas Nike todo-o-terreno (™ ou pub), camel-bag (que quase me dá a sensação de ser um), luvas, capacete Berg (™ ou pub), duas barras, para o caso de me dar um fanico e cair para o lado, e uma banana, para o caso de ter daquelas cãibras horríveis; tomei o pequeno-almoço, uma tigela de cereais com leite meio gordo, ou meio magro; dei ar aos pneus, lubrifiquei roda cremalheira, acertei conta-quilómetros; carreguei a ramona (in Calão é gíria – II), e siga para o desconhecido.
Cheguei ao ponto de encontro, e á hora combinada 9:02h (era 8:50h mas a preparação de todo o aparato tem destas coisas) e primeiro passo, uma aula prática: Como agir perante um furo no pneu, nomeadamente se este for tubless? Simples; põe-se uma câmara-de-ar. Foi o que fizemos.
Depois de totalmente kitados e aprovisionados, e sob a ameaça de uma enorme tempestade que se ia formando (ok! Era somente cacimba), pusemo-nos em marcha. Com um prévio traçado já muitas vezes sulcado, lá arrancamos por meio de pinhais e arvoredos, leitos de rio e poças de água, areia e barro, alcatrão e buracos, descidas e subidas acentuadas; e no final de cada etapa, a pergunta pertinente: “Como é camarada?” - ao que retorqui cheio de bravura e peito dorido - “Siga para bingo!” (embora os bofes já saltassem pelos olhos, e a respiração sentia-se a entrar como bárbaros impiedosos a lapidar tudo o que mexesse pelo caminho).
Foi um desafio, cumprido quase na íntegra; a preparação física estava em alta, mas não preparada para tanto solavanco, pujança, gravêlhos, caruma, lama, terra, água e ar (só faltou mesmo o fogo). Desisti depois de ¾ do percurso estar cumprido.
Balanço desta prova de fogo (ah! Aqui está ele o quarto elemento): Quando é a próxima etapa?
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