domingo, 27 de outubro de 2013
Momento da Unidade
O convite surgiu ... ficou pendente, reflectido, em banho Maria.
Talvez a nossa comparência, o passado marcado da minha participação, a vivência da filhota, o circulo de companheirismo, ... não sei, ... mas fomos.
Iniciamos mais um ano, com uma actividade arrojada, e marcante, ... por sugestão e concordância das chefias, da unanimidade da equipa de animação, e dos pequenos, que ansiavam por um reencontro.
Um ACATODOS do 1209... sim! Trocado em notas e moedas, dá um acantonamento, do agrupamento 1209, com a participação de pais, familiares e amigos.
Demarcou-se a fasquia, antecipadamente, não muito alta,... mas a rondar a ideia de usufruir, da pequena nova sede do 1209.
A mística da família, acalorou o momento, e as ideias surgiram... uns raid´s, uma animação, uma parte séria, no fogo de conselho, partilha de jantar, galhofas e partidas, passagens.... e um momento: tocar em Deus; uma cruz feita com tábuas de pinho, pintadas de preto, e diversos pratos com cores, para palmilhar e colorir a cruz com as nossas mãos, elevaram-nos para momentos de troca de ideias, amizades, reflexão e unidade... uma família.
Um momento da unidade.
terça-feira, 23 de julho de 2013
O rato, e a "Avó Tira Dentes".
A etapas tantas da vida, as modificações, vão surgindo...
O dia, a vida. os amigos, a fisionomia, o saber, o paladar, a moda, ... crescer!
O "grandão", impaciente, vinha de há uns dias para cá, importunado... duas "favolas", que resistiam á ocupação estratégica e barbara de dois fixos e permanentes. Mexia, remexia, empurrava e puxava, mas a lutas tantas, começou a deixar o assunto para outras instâncias superiores.
"...O avô, agarrou-me, pegou num alicate, e ... zás!" disse rindo-me, de algo pelo qual chorei, outrora ... comecei a expor-lhe factos da mesma etapa, ... infâncias; contudo, o seu olhar desconfiado, pediu-me que repensasse noutra estratégia para atingir meios e fins, e melhor ainda, fechasse a matraca, de relatos bárbaros!
Deixei o tempo, exercer o seu forte e lento poder.
(...)
"Grandão" vamos para casa?" agarrando nas suas tralhas, que deixara em casa dos avós... carrinhos, livros, puzzles, ... um pandain.
"Olha pai!" todo emproado, apontando com o indicador para uma saliência do maxilar inferior, ...completamente escancarado e exposto. Na mão esquerda, uma rama de algodão, protegia os dois marfins de leite.
"Como aconteceu, moço?"
Relatou com pormenor, as falcatruas e voltas da avó "Tira dentes", para atingir o seu ímpeto.
"Bravo!" finalizei...
"Vou guardar estes dentes para o rato, não para a fada!" conversa de machista, supus ..." o rato, é para os meninos, sabias?", mais parvo fiquei..."Não! Não sabia!" respondi, arrependendo-me de não ter consultado préviamente, o "Almanaque do Fantástico 2013".
"E o que faz o rato, diferente da fada?" questionei...
Encolheu os ombros... "Nada!"
"Deixa um doce, e uma moeda, para quem se porta bem!" num relato lavado de sorriso traquina...
O sono demoveu-me, da minha vigília, ... uma das armas mais cruéis, deste roedor.
Ficarei atento á próxima investida...
O dia, a vida. os amigos, a fisionomia, o saber, o paladar, a moda, ... crescer!
O "grandão", impaciente, vinha de há uns dias para cá, importunado... duas "favolas", que resistiam á ocupação estratégica e barbara de dois fixos e permanentes. Mexia, remexia, empurrava e puxava, mas a lutas tantas, começou a deixar o assunto para outras instâncias superiores.
"...O avô, agarrou-me, pegou num alicate, e ... zás!" disse rindo-me, de algo pelo qual chorei, outrora ... comecei a expor-lhe factos da mesma etapa, ... infâncias; contudo, o seu olhar desconfiado, pediu-me que repensasse noutra estratégia para atingir meios e fins, e melhor ainda, fechasse a matraca, de relatos bárbaros!
Deixei o tempo, exercer o seu forte e lento poder.
(...)
"Grandão" vamos para casa?" agarrando nas suas tralhas, que deixara em casa dos avós... carrinhos, livros, puzzles, ... um pandain.
"Olha pai!" todo emproado, apontando com o indicador para uma saliência do maxilar inferior, ...completamente escancarado e exposto. Na mão esquerda, uma rama de algodão, protegia os dois marfins de leite.
"Como aconteceu, moço?"
Relatou com pormenor, as falcatruas e voltas da avó "Tira dentes", para atingir o seu ímpeto.
"Bravo!" finalizei...
"Vou guardar estes dentes para o rato, não para a fada!" conversa de machista, supus ..." o rato, é para os meninos, sabias?", mais parvo fiquei..."Não! Não sabia!" respondi, arrependendo-me de não ter consultado préviamente, o "Almanaque do Fantástico 2013".
"E o que faz o rato, diferente da fada?" questionei...
Encolheu os ombros... "Nada!"
"Deixa um doce, e uma moeda, para quem se porta bem!" num relato lavado de sorriso traquina...
O sono demoveu-me, da minha vigília, ... uma das armas mais cruéis, deste roedor.
Ficarei atento á próxima investida...
terça-feira, 19 de março de 2013
Ser pai...
Como muitos durante o ano, este é o empolgante dia, ...
O ser Pai, ... transmitir valores, proteger a guarda, ensinar a vida e a sua cara, acarinhar os momentos, respeitar as adversidades, alimentar o saber, ... mesmo quando lembrado, necessário, ou em hora de aperto.
Estar lá, ... simplesmente num laço de sapato mais bem dado, numa história ao adormecer, no aconchegar da manta, no preparar uma refeição, num choro, numa birra, num desenho, numa construção ... num sorriso.
Em momentos, ...
Obrigado filhotes!
O ser Pai, ... transmitir valores, proteger a guarda, ensinar a vida e a sua cara, acarinhar os momentos, respeitar as adversidades, alimentar o saber, ... mesmo quando lembrado, necessário, ou em hora de aperto.
Estar lá, ... simplesmente num laço de sapato mais bem dado, numa história ao adormecer, no aconchegar da manta, no preparar uma refeição, num choro, numa birra, num desenho, numa construção ... num sorriso.
Em momentos, ...
Obrigado filhotes!
Pai...
"Bom dia, Pai!"
As rugas encavalitaram-se, marcando um sorriso, os anos, a vida...
"Tem um feliz dia!" empolguei no respeito que merece, cumprimentando a sua mão calejada, gretada, robusta... a força é de um touro, tenho dito a muita gente, no orgulho que tenho da sua genica e força.
Prevalece o sorriso, ... "porquê?" movendo a boina, coçando a cabeça estupefacto ...
Não lhe quis transmitir, ... acho melhor que esteja admirado comigo, por um dia, ... ele que anda afoito na lida da terra, dos pinhais, preocupado com o prato cheio de sustento para os outros, e com a felicidade dos seus.
Não há palavras, que transmitam o que se pode dizer de um pai, ... só a percepção do seu olhar mudo, que utiliza palavras e frases simples, ... que nos transmite segurança, amor, carinho, preocupação, orgulho... valores, ... que mostra a vida e o seu reverso. Aqueles olhos, pequenos, castanhos, mas cheios de nós.
"Vens cá almoçar? Serão migas de feijões!" continua a sorrir, sabendo que não conseguiria resistir a um pitéu destes ..."Claro Pai!"
Abraça os netos, que acabam de chegar, ... a sua alegria; irão ficar o resto do dia com eles.
"Obrigado Pai!"
As rugas encavalitaram-se, marcando um sorriso, os anos, a vida...
"Tem um feliz dia!" empolguei no respeito que merece, cumprimentando a sua mão calejada, gretada, robusta... a força é de um touro, tenho dito a muita gente, no orgulho que tenho da sua genica e força.
Prevalece o sorriso, ... "porquê?" movendo a boina, coçando a cabeça estupefacto ...
Não lhe quis transmitir, ... acho melhor que esteja admirado comigo, por um dia, ... ele que anda afoito na lida da terra, dos pinhais, preocupado com o prato cheio de sustento para os outros, e com a felicidade dos seus.
Não há palavras, que transmitam o que se pode dizer de um pai, ... só a percepção do seu olhar mudo, que utiliza palavras e frases simples, ... que nos transmite segurança, amor, carinho, preocupação, orgulho... valores, ... que mostra a vida e o seu reverso. Aqueles olhos, pequenos, castanhos, mas cheios de nós.
"Vens cá almoçar? Serão migas de feijões!" continua a sorrir, sabendo que não conseguiria resistir a um pitéu destes ..."Claro Pai!"
Abraça os netos, que acabam de chegar, ... a sua alegria; irão ficar o resto do dia com eles.
"Obrigado Pai!"
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Dedões tesoura de poda
Adquiri um daqueles telefones, ditos inteligentes. O caso pareceu-me de fácil assimilar, sem muito stress, para a adaptação. Carregado de funcionalidades, gadgets e widgets... coloquei-me ao nível da raça superior dos maiores cérebros informáticos... imaginei por breves instantes. Comecei por tentar vasculhar, com um dedo, mas a tarefa árdua levou-me a pensar tentar, literalmente, um vasculho, surfar por páginas, por funcionalidades, sem pés nem cabeça. Coisas que eu, o mais comum dos mortais, não irei, como dizer, um dia vir a activar. Sorri, contudo, ao ver que os programadores não se tinham esquecido de algumas pessoas, que até gostam de dedilhar um ou dois quarteirões de palavras. O meu problema é mesmo o digitar... os dedos não estão moldados para micro teclas. Penso que já percorri, toda a gíria e calão de asneiredo lusitano, gálico, germânico. Pragas lançadas aos sete ventos, que carregam aqueles estafermos de olhos em bico, que só se lembram dos seus minusculos dedos, tipo "Eduardo mãos de tesoura". Arghhh... que maldição.
Não! Não atirei este tijolo a ninguém, enquanto redigi este texto.
Não! Não atirei este tijolo a ninguém, enquanto redigi este texto.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Post(as) de pescada
"Eu não leio post(as) de pescada!" disse enquanto dedilhava com o "mouse" o 19 polegadas.
Pouso o cachimbo, morto, mas fumegando ainda um ligeiro incenso, a réstia de tabaco calcado, no fundo do fornilho ... e o Carranca acompanha em meio copo.
Dirijo-me á dispensa! Tenho umas conservas para casos extremos de sobrevivência... uma de prosa, uma de histórias, e uma de poemas em lascas.
... "Abre!" ordenei-me, dando laivos á prioridade, que me preocupava.
Cada conserva tem o seu aroma breve, sucinto, rabiscado, com conteúdo ... exala, a cada descerrar do "clac!".
Ponho a mesa, conforme a etiqueta ... um livro escalado, um lápis afiado, uma caneta de pena, ... e sim, duas malgas: uma para um vinho, que dorme; outra para um chá verde dos Açores, que repousa.
As conservas abertas, ... devoro o recheio.
"A que te sabem?" penso
"... Imaginário, horizontes, paixões, ..." anuncio
Beberico o vinho carrasco e outonal, ... o chá verde já se evaporou em bisbilhotice.
Dirijo-me até ao monitor, ... e já domado, calmo, assente em mim mesmo, devoro, post(as)!
Pouso o cachimbo, morto, mas fumegando ainda um ligeiro incenso, a réstia de tabaco calcado, no fundo do fornilho ... e o Carranca acompanha em meio copo.
Dirijo-me á dispensa! Tenho umas conservas para casos extremos de sobrevivência... uma de prosa, uma de histórias, e uma de poemas em lascas.
... "Abre!" ordenei-me, dando laivos á prioridade, que me preocupava.
Cada conserva tem o seu aroma breve, sucinto, rabiscado, com conteúdo ... exala, a cada descerrar do "clac!".
Ponho a mesa, conforme a etiqueta ... um livro escalado, um lápis afiado, uma caneta de pena, ... e sim, duas malgas: uma para um vinho, que dorme; outra para um chá verde dos Açores, que repousa.
As conservas abertas, ... devoro o recheio.
"A que te sabem?" penso
"... Imaginário, horizontes, paixões, ..." anuncio
Beberico o vinho carrasco e outonal, ... o chá verde já se evaporou em bisbilhotice.
Dirijo-me até ao monitor, ... e já domado, calmo, assente em mim mesmo, devoro, post(as)!
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