“Insatisfatório!” de indicador erguido, chorando abraçado á moça do costume…
“Como pode inventar tal coisas?” disse-me de tom severo, com vontade de me oferecer de bom grado, uma tareia descomunal, ou um par de estalos bem dados… “você é mesmo uma caixinha de surpresas, cada vez que eu cá venho!”
Limitei-me a ouvir, porque o silêncio, é de ouro …o grandão, agarrado á minha perna, olhava de beicinho, bem lá do fundo…
O rapaz, meia altura ou altura e meia, calções de surfer com estampados de flores havaianas, botas pretas Doctor. Martins, casaco de cabedal acastanhado da Real Air Force, capacete de cabedal e óculos de Red Baron, … magriço, e patilhas alentejanas.
“… Simplesmente perguntei quem era! Alguém que demanda pelo grandão …” cocei-lhe o acastanhado cabelo, “ …é de ficar pé atrás!”…
“Para mais não se identificou!” e o choro parou… levantou a cabeça, … consertou o casaco, o capacete, os óculos, os calções, “João Pestana!” esticando a mão … o grandão tremeu, apertou a perna, em modo de soldadura … cristalizou o olhar, temendo que eu o denunciasse…
“Continuo a manter a minha decisão!” disse-lhe sorrateiramente, ainda cumprimentando a personalidade … pasmado, enrugou o olhar “Como? E a minha lendária ocupação? Aliás reputação secular?” recuando e emproando a decisão …
“Neste momento é uma persona non grata! O grandão teme-o!”
A moça de mãos na anca, e pasmada boquiaberta “Vou fazer o que me compete, que isto já não são contas do meu rosário! A filhota no sítio do costume, e o dente sob a almofada, é isso?” acenei … ela bateu as botas alentejanas cardadas, e entrou já saindo … “assine no sítio do costume! A recolha foi efectuada! … Um pré-molar desta vez? Um belo exemplar!” ostentando contra o luar e o céu estrelado da noite quente de Agosto …
“E nós como ficamos?” deitando o seu olhar a hálito de camomila, mesmo junto ao meu rosto … “Nada? Vou assentar aqui mesmo arraiais! Ele não vai resistir, e você sabe bem!”
Virei-me condescendendo á sua declaração, … olhei para o grandão que resistia de olhar vidrado, … parei “O seu papel é nobre, e tiro o chapéu a tamanho cargo! Mas hoje sou eu!” peguei o grandão ao colo, confiando-lhe um xi-coração apertado …
“Até amanhã, grandão!” voltei costas … ambos tinham seguido o seu curso … a fada e seu "mutchacho"
Li alguns posts e gostei. Uma prosa diferente da que se encontra habitualmente na blogosfera.
ResponderEliminarObrigado pela tua visita.
Volta sempre.
Abraço.
como s epode inventar tais cousas?
ResponderEliminara real air force vai cuidarde tudo :)
abrazo serrano
Nilson tem razão.
ResponderEliminarÉs diferente.
Tua visão de mundo e da vida deve ser sob gratitudes o tempo todo.
Mesmo que não percebas.