Nesta manhã, a telefonia, dava-me conta de algumas efemérides do dia, dignas de serem reconhecidas para a história da humanidade. Mas sem dúvida, que estagnei, e torci de imediato para a direita, o botão do volume, de modo a ouvir com atenção o nome que acabava de ser soletrado: "... Granja." ... continuava a ecoar... "...Granja." De repente, saltei para a dimensão da minha adolescência, e senti o recordar daquela voz rouca, moderada e ponderada, que pausava e pedia licença a cada palavra que enunciava; os óculos cilindricamente enormes, que nos fixavam com a atenção agradecida, de quem nos dá um momento único; e o apresentar da humildade de um "Cinema de Animação", que apresentava curtas metragens do Canada, Checoslovaquia, França, Usa, Portugal, Cccp, Yugoslavia,..., a toupeira, o lápis mágico, a pantera, silvestre, bip-bip, speedy, ...
..."Faleceu aos 83 anos"... dizia efusivamente a radialista. Vasco Granja faleceu. Dele, resta-me a chave para o salto dimensional, do tempo em que havia tardes passadas em frente ao Blaupunkt (pub), transmitindo as imagens a preto e branco, deleitando-me com bonecada...
Obrigado, Sr. Granja!
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