In visão resumida sobre o processo RVCC, por ditonysius:
"Tudo começou numa conversa de café: qualificações para cá, capacidades para lá, as exigências dos recursos humanos a nível empresarial, os patamares e os objectivos a longo prazo, … Enfim, uma conversa que arrancou, pedindo um café, ponderando a irreversível questão: “… e porque não?”. Não tenho nada a perder, só a ganhar; termino assim um objectivo há muito iniciado, não concretizado, e encostado a um canto, por objectivos de força maior na altura. “… Aquilo é muito simples, é só escreveres um pouco sobre a tua vida, e ficas com uma equivalência do 12º ano de escolaridade.” Vamos a isso.
Fiz a minha inscrição na ETAP (Pombal), no gabinete do CNO, entregando toda a documentação necessária. Apareci na primeira reunião de grupo, coordenada pela Dr. Patrícia Ferreira, juntamente com alguns interessados neste processo de validação. Éramos cerca de 14, se bem me lembro. Ouvimos todo o desenrolar do processo: como se processava, toda a panóplia de abreviaturas, e o seu sentido, balanços de competência, domínios individual, profissional, institucional, e global, créditos, validações de júris, … Pé atrás! O que se passa aqui? Para quê isto tudo? Trabalho de casa: “Um percurso de vida” e “Uma rotina diária”. Já dois trabalhos sem quê nem porquê. Vamos lá.
Com tempo, mas contando todas as horas que faltavam para uma avaliação individual, redijo um percurso de vida; e eis senão que começo a escrever, escrever, escrever, e rebobino a minha vida, desde o nascer até hoje. Que engraçado: um primeiro trabalho, e uma abordagem que nunca fiz … “Um percurso de vida…”. Após a conclusão entrego os trabalhos, e é marcada uma reunião individual com a técnica/psicóloga Dr. Patrícia Ferreira. Após esta sessão, fico habilitado a entrar neste processo de avaliação de competências.
Na segunda sessão de grupo, é-nos apresentado o profissional Dr. Pedro Pimpão, que nos irá orientar neste desenrolar de vivências. É curioso… a quantidade de vezes que eu passaria absorto, mesmo ao lado, por vezes mesmo ignorando, determinado assunto, e estar agora intrigado, ou mesmo absorvido no seu objectivo. No entremeio, somos instruídos para vários domínios que devemos abranger nos balanços de competência, e, a posteriori, no PRA (Portefólio Reflexivo de Aprendizagens), através de formadores específicos de cada área: CP (Cidadania e Profissionalidade) com a formadora Célia Pereira; STC (Sociedade, Tecnologia e Ciência) com a formadora Cátia Cardoso; e CLC (Cultura, Língua e Comunicação) com a formadora Ana Mendes; grandes ajudas no desenvolvimento específico de cada área.
Após tecer, organizar e desenvolver, com a ajuda do mentor do grupo (S34), os balanços de competência, passei para uma fase mais cuidada e aliciante: o Portefólio Reflexivo de Aprendizagens. Aliciou-me porque deu-me o prazer de dissecar a minha vida individual, incrementada na vertente profissional, focando o aspecto institucional, num aspecto global.
Após a compilação de todos os trabalhos, emendas e balanços, entreguei o trabalho e preparei-me para o Júri de avaliação: primeiro um Júri Interno, e depois o Júri Externo. … O aperto de coração era enorme, os nervos estavam à flor da pele, … mas correu-me muito bem…, nada do que eu esperava, mas surpreendi-me a mim próprio. E no final, a satisfação do conjunto: eu e a equipa de formadores, por termos conseguido alcançar os objectivos a que nos tínhamos predisposto.
E hoje paro e penso: valeu a pena? Claro que valeu. Pelo ensinamento, pela vivência, pelo objectivo alcançado, pela aposta num caminho, e especialmente pelo objectivo a longo prazo: o ingressar no ensino superior, para um curso específico ainda por delinear.
Em conclusão, o RVCC acabou por ser uma alavanca, um empurrão, pois que depois de ter realizado este processo, conclui que os sonhos, os projectos que estabeleci, em conjunto com a minha esposa e filhos, se encontravam a um passo; um passo que já estou a dar. Por um lado, pesquisando e analisando as disponibilidades a longo prazo, de cursos/formação para aquilo que mais ambiciono: criar um negócio numa vertente de restauração; um espaço lúdico, onde a literatura, a música, a cultura num modo geral, e a degustação de um vinho, de uma refeição, se cruzam numa alegre tertúlia de vivências individuais. Por outro lado, continuar a descobrir o prazer de ler e, preferencialmente, escrever, inscrevendo-me na SPA (Sociedade Portuguesa de Autores), dando asas a possíveis textos/criações literárias. "
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