quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Por aqueles...


... sim, não sou insensível, ao que me rodeia! ... também tenho sentimentos...
... também partilho da generosidade das palavras, e, sobretudo dos actos.
E por aqueles que não podem partilhar a mesa, com uma refeição e com um coração quente, ... 
... por aqueles que não conseguem alegrar e reunir a sua família, nesta noite, ...
... por aqueles que lutam por um mal maior, obrigados e contrariados, ...
... por aqueles que zelam pelo nosso bem estar, e nos protegem, ...
... por aqueles que dormem numa cama desabrigada, ...
... por aqueles que a saúde, se esvai entre os dedos, ...
... por aqueles que choram e recordam, ...
... por aqueles que aguardam um carinho, um mimo, uma palavra,  ...
... por aqueles que são esquecidos, ...
...
Que tenham um Santo e Feliz Natal, possível, ... Boas Festas a todos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Rede social ... a Consoada.


Eu que estarei ocupado, nessa grande rede social, que é a noite da Consoada, trocando vivências, segredos, alegrias, amor, sabores, experiências, mimos, ... com os meus mais que tudo, quero, aliás, queremos, porque a partilha e o desejo é mutuo, desejar:
Aos amigos,
Aos amigos chegados,
Aos amigos que são familiares, parentes, compadres e confrades,
Aos amigos que se encontram longe e semeados por essa terra além,
Aos amigos que por razões profissionais, económicas, ou de força maior, se afastaram,
Aos amigos que descobrimos e atamos com laços de amizade,
Aos amigos que nos receberam e recebem como somos,
Aos amigos que partilham alegrias, tristezas, e sonhos,
Aos amigos que nos fazem rir, sorrir e chorar,
Aos amigos que elevam o copo, e saúdam,
Aos amigos que dançam, e festejam,
Aos amigos que vivem o momento, e partilham,
Aos amigos que estendem a mão, para nos erguer,
Aos amigos que abraçam, e choram as suas mágoas,
Aos amigos que estão presentes, mesmo ausentes,
Aos amigos que arregaçam as mangas, e vivem,
Aos amigos que nos mostram sabores, aromas e momentos,
Aos amigos que são os nossos filhotes, que crescem,
Aos amigos que são os nossos pais, e irmãos, que nos confortam,
Á amiga que é esposa e mãe, que me acompanha,

A todos, sem excepção, ...

Feliz Natal, Boas Festas, junto dos seus...

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Nova Batalha...


No recanto da enorme lareira, que a todos nos alberga, dedilhamos o passado, ... "matrafices" de putos reguilas, que desafiam a integridade física e psíquica, mas que constroem carisma e personalidade.
Riamos, ... lá fora o som da chuva que batia forte no chão... degustávamos meia garrafa de vinho, e meias conversas.
A porta sussurrou um leve bater de nozes de dedos firmes. Levantei-me em cortesia, e indaguei o bater: "Quem é?"
... "Um oficial representante, senhor!" respondeu
Levantei o trinco, e abri a porta ao mensageiro confiante. O vulto mantinha a mão estirada... um sobrescrito cruzado em quatro, com o carimbo oficial.
"É o patriarca?" pergunta-me ...
"Sou, ... mas não desta casa!" respondo ...
"Preciso falar com o patriarca desta casa, senhor!" ordenou, sem ligar ao imponente som da chuva.
Dirigi-me ao patriarca "Pai! Chamam-no á porta!"
"Quem é?" perguntou-me num sussurro ... "Um oficial representante!" respondi.
Ergeu-se do seu banco, e dirigiu-se á porta, ... reconheceu a farda branca, o capacete branco, ... estendeu a mão, e apertou numa saudação, ... recebeu o papel.
"Tenho que aguardar que leia e me confirme, senhor!"
As mãos começaram a desembrulhar tremulamente a dobragem. Acorremos para ver o que se passava... os olhos dedilhavam cada palavra...
"Fui chamado!" ... e voltou silencioso para o canto. As labaredas esvoaçavam num calor vivo, pelo meio das cavacas de pinho, oliveira e carvalho. O calor crepitante era reconfortante...
"O quê? Voltar a incorporar o corpo da armada, para esta nova guerra, com esta idade?" indaguei ...
"Na ultima batalha, era pouco mais novo, ... houve mazelas, dor, pranto e sangue... mas recuperei!" ... Parou um pouco,... a humidade nos olhos, começava a notar-se misturada com a emoção... "Embora o medo, esteja em cada trincheira, recanto, ou lamaçal..." limpou com o polegar uma lágrima que começava a jorrar... "..., a vida prevalece!"
"Mas com esta idade, pai? Não haverá outras formas de encarar a batalha? Pacificamente?"
"A idade, é só um registo, ... o espírito é quem comanda, tu sabes!" dobrava de novo o papel ...
"As feridas poderão ser maiores, os resultados menores, o sofrimento pesado, ... mas a batalha tem que ser ganha!" afirmou.
"Preciso de uma resposta, senhor!" dizia o soldado, esquecido de plantão á porta, sob a eterna  chuva diluviana.
Levantou-se de novo ... "Tenho boas armas, ... todos vós, estarão para lutar comigo, ... " dirigiu-se em passo firme, para a entrada. "Posso oferecer-lhe algo soldado?"...
"Mulher! Serve um caldo quente a este homem, ... vamos ter um longo caminho!"

domingo, 9 de novembro de 2014

Quando se prova, é para levar.



A azafama era grande, ...
No carrilhão das compras natalícias, aproveitamos para renovar algumas roupas mais quentes dos guarda fatos, nomeadamente dos pequenos. Escolhia esta, aquela e ainda a outra; sugeriamos esta, aquela e também a outra; calças de ganga, sarja e bombazine; "t-shirt", "sweat" e camisa; ... o espólio era enorme ... inumerável.
Era altura da prova, ... provador com o "grandão".
Experimentar uma peça, duas, três virgula catorze dezassete ... o relógio percorria o seu tempo, faseado e calmo, e esperávamos no infinito.
A paciência já tinha ultrapassado o seu verdadeiro sentido, ...
""Grandão", temos que seguir; já é tarde!" disse-lhe autoritariamente para a porta que nos separava
"Só mais esta!" respondeu do provador.
...
"Mor! Pede-lhe para sair!" pedi
"Só conto até um!" exclamou com suavidade
... e a porta como por magia abriu-se, expondo um clarão, isto é, o "grandão", carregado com o cesto das provas do futuro metrosexual.
"Levo tudo!" exclamou na sua passividade óbvia.
"Como? ... eu e a mãe escolhemos uma peça ou outra, não todas!" argumentei
Foi dose, descambou pelo orgulho abaixo, e filosoficamente argumentou:
"Porque perdi tempo, a experimentar tudo? Para não levar nada? Quando se prova, é para levar."

...sem comentários

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Tear


Certo, certo, não sei. Talvez mais para o incerto...
"Isto é como o tempo! Incerto!" pesquei num café, entre uma imperial e uns tremoços salgados, numa meia tarde.
É incerta, ... mas desenrolo o novelo, e a coisa flui, não se perdeu.
Não há nós, e complicações. Não há sebo, para a coisa escorregar...
O tear recomeça a fiar, a tender, a tecer, ... lentamente.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

quarta-feira, 5 de março de 2014

Ahhhhh! Ganas.


Só um conselho, já carcumido, bem certo... No calor ainda das forças que galgam, por cima de outras forças, da mesma força, ... a ideia esteve lá, faltou foi o resto da força; entrar pela porta principal, de arriete em punho, e expulsar aqueles sanguessugas que nunca pegaram numa enxada sequer, a toque de pauladas, martelos de Thor, e uns foeiros e forquilhas, para apelar ao lado do sector primário e dos oprimidos que suam choro e sangue.
E para não peder o embalo, ...
Que anda tudo varrido da mioleira, ... anda. Os ditos emergentes apocalipses, ou a disputa do mercado de armas, já nem sei bem o que interfere ou pesa na balança mundial. Até as bolsas mundiais seguem o pragmatismo, de uma bota pisar a terra que reclama como sua. A paz e o entendimento, desceram a um patamar, nunca visto, ... já para não falar da sustentabilidade e do ecossistema, ...
O que interessa é o graveto, cash, pilim, o que faz rir os cegos, carcanhol, ... vergonha.