quando ela no seu traço, e cabelo despenteado,
toca-me o semblante, ...?
Sinto aquele olhar que acaricia o coração, sabes ...?
Calor do peito, naquele momento o aroma, a pele macia que desarma ...
Silêncio que entrelaça num entendimento numa harmonia, ... os dedos, os braços, tudo se conjuga...
O sorriso que perdura num brilho, que não contesto ... a linguagem do corpo, ... sentes?
Faço o que a alma suplica ... abraço!
O aroma curvilíneo suado, de olhar castanho cristal, sorriso
claro e não forçoso, remete para um rogado:
“Abraça-me!” envolvo e seguro a fragrância do corpo, … desnudo
aquele olhar semicerrado…
A quentura do instante, a fixação do momento, o brilho sem argumento…
O braço contorna e o abraço aperta, … o frio vareja e voeja por fora…
colam-se as almas.
Amparo num abafado calor e fervoroso enliço …
O silêncio perpetua o aconchego, ... sossega numa
conchinha.
Uma ligeira brisa do mar, não forçada, ... que passa... e que num atrito fica.
Uma manhã de orvalho, que nos molha e benze a alma... e permanece.
Um arco-íris, que nos alegra uma manhã de aguaceiro... e encharca.
Uma cortina de estrelas, com luar, que clareja um olhar, ... e pernoita.
Uma vela, um momento de silêncio, que acolhe um abraço ...e enlaça.
"Que bela surpresa..." me encanta.
A lagrima, não volta ao olho duas vezes, ...
Cai, separa-se do seu cordão de mágoa, da sua confiante pálpebra...
Não gosta do que vejo, ...
Pensa antes de cair, ... e cai para não ferir.
